Com o custo de vida alto, mercado de trabalho instável e dificuldade de comprar a casa própria, a Geração Z recorre a pequenas compras como forma de controle, indulgência ou autocuidado. Muitos jovens gastam regularmente em cafés caros, sobremesas, roupas ou suplementos, mesmo que isso pese no orçamento.
A prática, conhecida como “cultura do mimo”, ganhou força com a cultura pop e se fortaleceu nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde mais de 23 milhões de vídeos compartilham pequenas indulgências após conquistas, frustrações ou para exibir consumo. A pesquisa Better Money Habits do Bank of America aponta que mais da metade da Geração Z compra pequenos mimos ao menos uma vez por semana, e 59% admitem que isso pode levar a gastos excessivos.
Exemplos incluem Naomi Barrales, que se presenteava com cookies e refrigerantes, e Angelina Aileen, que gastou US$ 350 em suplementos; ambos ajustaram seus hábitos após perceberem o impacto financeiro. Empresários, como Tony Park, da Angelina Bakery em Manhattan, afirmam que a Geração Z impulsiona o crescimento de negócios oferecendo experiências marcantes, mesmo com orçamento limitado.
Especialistas recomendam estabelecer limites e alternativas sustentáveis para manter a prática de mimos sem comprometer a saúde financeira. Para muitos, esses pequenos gastos continuam sendo uma forma de celebrar conquistas e aliviar a pressão do cotidiano.
Crédito das fotos: Amir Hamja/The New York Times; James Estrin/The New York Times; Maggie Shannon/The New York Times
Fonte: The New York Times