Os Estados Unidos anunciaram, na noite desta sexta-feira (14), a redução de tarifas de importação sobre cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para as exportações brasileiras, a taxa total recua de 50% para 40%.
A medida causou dúvidas iniciais entre exportadores do Brasil, que aguardavam detalhes sobre o alcance da decisão. Horas depois, o Ministério da Agricultura esclareceu que a redução vale apenas para a taxa extra de 10% aplicada em abril, dentro do pacote de “taxas de reciprocidade” imposto pelo governo Trump.
A tarifa adicional de 40%, anunciada em julho especificamente para produtos brasileiros, permanece em vigor.
Expectativas e reação do governo brasileiro
Setores como o de café esperavam que a tarifa fosse zerada, após semanas de negociações entre os dois países. O tema ganhou força após um encontro entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, na Malásia.
Na quinta-feira (13), autoridades dos dois países voltaram a tratar do assunto, mas Trump afirmou, ao final da sexta-feira, que não considera novos cortes. “Acabamos de fazer um pequeno recuo. Os preços do café estavam um pouco altos; agora, em muito pouco tempo, estarão mais baixos”, declarou.
Inflacionamento pressiona os EUA
O Brasil é o maior fornecedor de café aos Estados Unidos e um dos principais exportadores de carne. Ambos os produtos enfrentam forte alta nos preços no mercado norte-americano, aumentando a pressão sobre o governo Trump.
Além de reduzir tarifas, o presidente determinou recentemente uma investigação sobre frigoríficos que atuam no país, sob suspeita de elevação artificial de preços.
Alcance da medida
A redução passou a valer para mercadorias importadas e retiradas de armazéns nos EUA desde quinta-feira (13). A Casa Branca atualizou a lista de produtos contemplados, incluindo agora carne e café — além de itens já beneficiados anteriormente, como o suco de laranja.
Repercussão no Brasil
O governo brasileiro classificou o anúncio como positivo, mas reforçou que continua monitorando produtos que ainda permanecem sem flexibilização tarifária.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes afirmou que a decisão fortalece a relação comercial com os EUA e pode estabilizar o fluxo de exportações.
Já a Abrafrutas considerou o avanço importante, mas demonstrou preocupação com a exclusão da uva, segunda fruta brasileira mais exportada para o mercado norte-americano.
Créditos da matéria: Redação g1
Crédito da foto: Reprodução / Casa Branca


















