Excesso de peso cai entre crianças pequenas em Minas, mas cresce de forma preocupante entre adolescentes

Por Dentro De Tudo:

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Um levantamento divulgado pela organização ImpulsoGov, com base em dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan/SUS), revelou que o excesso de peso entre crianças com menos de cinco anos caiu em Minas Gerais, mas aumentou significativamente entre adolescentes de 10 a 19 anos.

De acordo com o estudo, entre os pequenos, o percentual de excesso de peso recuou de 16% em 2014 para 12% em 2024, acompanhando a tendência nacional de melhora nos indicadores de saúde infantil. Já entre adolescentes, a situação é preocupante: o índice saltou de 23% para 31%, o que significa que quase um em cada três jovens mineiros está acima do peso.

Em Belo Horizonte, os números são ainda mais alarmantes: 35,9% dos adolescentes da capital estavam com excesso de peso em 2024, totalizando 5.636 jovens com sobrepeso ou obesidade.

Panorama nacional

O estudo mostra que o problema se espalha por todas as regiões do Brasil. O Sul concentra os maiores índices (37%), enquanto o Norte registra os menores (27%). Entre os estados, o Ceará lidera a alta, com crescimento de 12% em uma década. Roraima foi o único estado a registrar queda, com redução de 1%.

Nas capitais, São Paulo aparece em primeiro lugar, com mais de 76 mil jovens com excesso de peso, seguida do Rio de Janeiro (64 mil) e Manaus (43 mil).

Hábitos e riscos

Além dos números, o levantamento traz dados preocupantes sobre os hábitos dos adolescentes brasileiros: 81% consomem ultraprocessados com frequência, 61% comem diante de telas e mais da metade passa mais de três horas por dia em frente ao celular, televisão ou computador.

Especialistas alertam que o sobrepeso na infância e adolescência aumenta o risco de doenças graves como diabetes, AVC e problemas cardíacos. Segundo a sanitarista Fernanda Soares, o cenário reflete desigualdades sociais e mudanças no padrão alimentar, sobrecarregando o sistema de saúde e comprometendo a qualidade de vida futura.

A endocrinologista Maria Fernanda Barca, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), reforça: “Estamos vendo doenças antes restritas à vida adulta surgirem cada vez mais cedo. Isso é grave para a geração futura e exige atenção imediata de famílias e políticas públicas”.

Foto: Arte/g1

Fonte: g1 Minas

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