Existe um ‘número perfeito’ de relações sexuais?

Por Dentro De Tudo:

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Um estudo divulgado no Journal of Psychosexual Health apontou que manter relações sexuais de 52 a 103 vezes por ano — o que equivale a uma ou duas vezes por semana — pode ajudar na prevenção da depressão e melhorar a saúde cardiovascular, especialmente entre os homens. No entanto, especialistas ouvidos pela reportagem reforçam que não existe um “número perfeito” de relações sexuais e que o mais importante é a qualidade da intimidade e o bem-estar do casal.

Segundo o psiquiatra Bruno Brandão Carreira, generalizações estatísticas não devem definir a rotina íntima dos casais. “Cada pessoa tem suas próprias necessidades, e o sexo deve estar inserido em um relacionamento saudável”, afirma. O psicólogo e terapeuta sexual Rodrigo Torres complementa: “Essas médias servem como curiosidade, mas a frequência ideal é a que faz sentido para cada casal, com base no diálogo e respeito mútuo”.

Os dois especialistas destacam que o sexo pode, sim, liberar substâncias como a endorfina e a oxitocina, que promovem o bem-estar e ajudam a reduzir o estresse — um dos principais gatilhos da depressão. No entanto, se não houver conexão emocional, apoio e satisfação entre os parceiros, os supostos benefícios desaparecem. “Sexo em um contexto de estresse, abuso ou vazio emocional pode ser até prejudicial”, pontua Carreira.

Outro ponto levantado é que pessoas com depressão geralmente apresentam baixa libido, o que exige cuidado ao aplicar essas informações. “Não adianta prescrever sexo como remédio para alguém em crise depressiva. Primeiro é preciso tratar a saúde mental”, reforça Torres.

No fim das contas, o consenso é claro: não existe regra, nem fórmula mágica. O “número certo” é aquele que funciona para os dois. Mais do que frequência, o que conta é o vínculo emocional, o respeito às fases da vida e a sintonia entre os parceiros.

Foto: Pixabay/@stokpic

Fonte: O Tempo

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