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EXPOSIÇÃO EM POMPEU REÚNE TRAJETÓRIA DO MATOZINHENSE AGRIPA VASCONCELOS

Por Dentro De Tudo:

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Um dos personagens ilustres de Matozinhos teve sua memória exaltada em uma exposição na cidade de Pompéu. Intitulada “Trajetória de Agripa Vasconcelos, romancista das gerais”, a Casa de Cultura dessa cidade faz uma homenagem ao escritor matozinhense, que completaria em 2021, 125 anos.

A exposição foi inaugurada na última quarta-feira, 25, e contou com a presença da Secretária Municipal de Educação, Daniela Taveira, e a Subsecretária de Cultura e Turismo, Daise Ap. de Jesus, que emprestaram alguns painéis do acervo de Matozinhos. Elas representaram a cidade em um importante momento, que celebra a trajetória de um dos maiores romancistas da história de Minas Gerais.

Pompéu, cidade do centro-oeste do Estado, desperta vínculos com Agripa, já que ele era tetraneto de Dona Joaquina e Capitão Inácio de Oliveira Campos, pessoas influentes na formação dessa cidade. Mas foi em Matozinhos que suas origens se firmaram. Nascido no município em 12 de abril de 1896, revelou-se como referência para a literatura, pois seus romances apresentaram ao mundo personagens marcantes como Dona Beja, Chico Rei e Chica da Silva.

Agripa veio de uma família numerosa com 10 irmãos. Desde muito cedo ele já manifestava o interesse de seguir os passos do pai, que era médico. Para isso, teve que deixar sua cidade natal, indo estudar o ensino médio em Juiz de Fora. Foi nesta localidade que começou a dar os primeiros passos ao encontro da literatura. Quando concluiu o segundo grau, foi para a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio, hoje denominada UFRJ. Agripa formou-se em 1920, mas sem deixar de lado o amor pela arte literária.

O escritor abriu as portas da Academia Mineira de Letras aos 26 anos, com a publicação do seu primeiro livro de poemas, ocupando a vaga deixada pelo simbolista Alphonsus de Guimaraens. Viu o seu nome ser consagrado como grande escritor do Brasil Contemporâneo, a partir da obra Sagas do País das Gerais. Ao todo, Agripa Vasconcelos publicou sete romances, que traçam personagens e costumes do povo e da história de Minas, desde o período colonial.

Agripa morreu em 20 de janeiro de 1969, mas o seu legado persiste nas diversas narrativas que contou e transcende o tempo, em uma literatura rica, com características bem peculiares do autor. Além de Pompéu, é válido destacar que, está sendo revitalizado no Palácio da Cultura, em Matozinhos, o memorial desse importante escritor e que retrata alguns detalhes da sua vida. Em breve o espaço estará liberado para visitas, apresentando itens que pertenceram ao Agripa, como livros, instrumentos cirúrgicos, piteiras de cigarro, anotações originais de seus livros feitos em cadernetas e o fardão da academia.

O encontro em Pompéu, contou com a presença também do Prefeito Ozéas da Silva, da Secretária de Cultura, Turismo e Esportes Alexssania Cunha, além do Presidente do Centro Cultural D. Joaquina do Pompéu, Hugo de Castro Machado e Mara Vasconcelos, mestre em letras e neta do escritor, aos quais agradecemos o convite e receptividade. 

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