A brasileira Gisele Oliveira, de 40 anos, suspeita de ter matado cinco filhos por envenenamento e asfixia em Minas Gerais, foi extraditada de Portugal e chegou ao Aeroporto Internacional de Confins na noite de quinta-feira (23). Ela foi trazida sob escolta da Polícia Federal e encaminhada ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, onde permanece à disposição da Justiça.
Gisele estava presa desde agosto em Coimbra, após ser localizada pela Polícia Judiciária portuguesa. Seu nome constava na lista vermelha da Interpol, o que possibilitou o pedido de extradição solicitado pela Justiça de Timóteo, no Vale do Aço, onde o caso é investigado.
Segundo as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, os crimes ocorreram entre 2008 e 2013. As vítimas tinham entre 10 meses e 3 anos de idade, e teriam sido mortas após a mãe administrar substâncias sedativas de forma intencional e repetida. Além dos cinco homicídios, Gisele é investigada por duas tentativas de assassinato — uma contra o filho mais velho, em 2008, e outra contra o próprio marido, em 2022.
Após as mortes, a suspeita fugiu do país em 2025, sendo localizada em Portugal, onde vivia com o marido e outro filho do casal. De acordo com a delegada Valdimara Teixeira, responsável pela apuração, a mulher ainda tentava intimidar familiares e testemunhas mesmo em solo europeu.
Com a extradição, Gisele deverá ser ouvida nas próximas semanas para que o inquérito seja concluído. Caso seja condenada, poderá enfrentar uma pena de até 154 anos de prisão.
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📰 Fonte: O Tempo
