Uma mulher de 23 anos foi presa na noite desta terça-feira (22), no bairro Milionários, região do Barreiro, em Belo Horizonte, suspeita de se passar por tenente da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e advogada. Segundo a Polícia Militar, ela utilizava fardas, distintivos, crachás falsos e documentos adulterados para aplicar golpes e fraudes.
A prisão ocorreu em uma lanchonete, onde a suspeita se encontrava com uma das vítimas. Com ela, os militares apreenderam uma réplica de arma de fogo, dois crachás com o brasão da PMMG — ambos com seu nome e o título de “chefe militar” — além de cartões bancários em nome de terceiros.
Na residência da mulher, os policiais encontraram ofícios falsificados em nome do Tribunal de Justiça Militar, Prefeitura de Belo Horizonte e procurações com número inexistente da OAB. Ela admitiu ter produzido os documentos para fraudar a Previdência Social.
De acordo com as investigações, a suspeita registrou inclusive um boletim de ocorrência relatando ser vítima de estelionato após um saque do FGTS. No entanto, confessou posteriormente que havia feito o saque e forjado a denúncia como mais uma tentativa de fraude.
Uma das vítimas relatou que a mulher propôs uma sociedade comercial, alegando possuir um consórcio bloqueado, com apresentação de documentos falsos como justificativa. Durante as tratativas, afirmava ser filha de um ex-comandante da PM, de uma delegada e irmã de um promotor, além de utilizar um telefone para se passar por esses familiares.
Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi o uso de imagens de uma criança nas redes sociais, apresentada como filha da suspeita. A investigação identificou que o menino é filho de outro casal, que declarou desconhecer a mulher e não ter autorizado o uso das fotos.
A mulher foi encaminhada à delegacia, junto com o material apreendido. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar outras possíveis vítimas dos golpes.
📸 Foto: Divulgação / PMMG
📎 Fonte: O Tempo — Reportagem de Rayllan Oliveira
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