A falta de dinheiro está obrigando os brasileiros a renegociar dívidas de serviços básicos, como água e luz.
As histórias têm o peso e o tamanho do desafio que tem sido pagar uma conta no Brasil. São pessoas que tentam negociar, tentam chegar a um acordo e tirar da frente uma das preocupações que vieram com o agravamento da crise econômica.
Diante de uma inflação alta e persistente e da queda na renda, o essencial para viver pesa mais para as famílias mais pobres, fazendo com que mais brasileiros enfrentem dificuldades na hora de quitar contas de serviços básicos.
É boleto de luz, de água. “Tô com a água cortada. Mas vou receber essa semana, se deus quiser”, espera Evani Maria Lima, dona de casa.
O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) diz que é preciso facilitar o pagamento para não aumentar ainda mais a fatura de quem está endividado.
“Para as famílias de menor renda, alternativa que elas têm, dado que a inflação já reduziu sua renda, comprometeu boa parte do orçamento, é sim o parcelamento, é a negociação. O que é importante é que o controle financeiro é, e principalmente esse planejamento das parcelas, ele seja mantido em dia para que lá na frente não haja novos problemas que venham comprometer aí, não só a oferta desses serviços, como também a questão de restrição aos nomes dessas famílias”, ressalta Joelson Sampaio, professor de economia da FGV.
Fonte: Globo.