A crise no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) tem gerado protestos e sobrecarregado a rede de saúde pública em Belo Horizonte. Pacientes relatam dificuldades no acesso a exames essenciais, como ressonância magnética e mamografia, além do fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, agravando a superlotação em outras unidades, como o Hospital João XXIII e o Risoleta Neves.
Especialistas em gestão pública avaliam que a falta de manutenção e substituição de equipamentos compromete a eficiência do atendimento e evidencia falhas na administração hospitalar. “Ficar um ano sem ressonância magnética ou sem um tomógrafo não pode ser tratado como algo normal. Isso afeta todo o sistema, gera atrasos em cirurgias e pode agravar quadros clínicos”, alerta Fausto Pereira dos Santos, pesquisador da Fiocruz Minas.
Pacientes e familiares também questionam a precarização dos serviços, considerando que os servidores contribuem mensalmente para o plano de saúde do Ipsemg. “É um absurdo pagarmos pelo atendimento e não termos acesso a exames básicos”, critica Éryka Pereira, esposa de um paciente que aguarda transferência para uma ressonância.
Em nota, o Ipsemg justificou a suspensão de exames devido a problemas técnicos e afirmou que a manutenção dos equipamentos está em andamento. No entanto, servidores seguem cobrando transparência e soluções urgentes para a crise na instituição.
Fonte: O Tempo
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