A dificuldade de contratação de profissionais de saúde limita a possibilidade de abertura de novos leitos para tratamento da Covid-19 em Belo Horizonte. Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (21), o secretário de Saúde da capital, Jackson Machado, afirmou que a cidade não chegará aos 1,2 mil leitos disponibilizados na cidade em 2021.
A cidade está com 83,7% dos leitos de enfermaria e 84,6% de UTI para Covid ocupados, ambos em nível máximo de alerta.
Segundo Jackson, a situação é agravada pelo desfalque das equipes de profissionais de saúde, que acumulam casos de Covid.
O secretário disse ainda que o problema se estende à rede particular, que também encontra dificuldades na contratação de pessoal.
“Pra você ter uma ideia, um hospital hoje me falou que tem 100 leitos vagos e se eu trouxesse profissionais ele liberaria sem custo, mas eu não tenho profissional e ele também não tem”, disse.
Diante do cenário, Jackson Machado pediu para que a população de Belo Horizonte evite aglomerações, use máscaras e reiterou a orientação para que os moradores da capital não procurem unidades de saúde em caso de sintomas leves e com menos de 24 horas de duração.
A variante Ômicron é apontada pelo secretário como a principal responsável pelo cenário de sobrecarga nos serviços de saúde da capital. Com maior capacidade de transmissão, a cepa do coronavírus impede que a ampliação de leitos acompanhe o número de novos infectados.
“Nessas três semanas de janeiro nós já ampliamos 318 leitos de enfermaria e 27 leitos de UTI e mesmo assim os indicadores estão como estão”, afirmou.
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