A prática de “alugar” goleiros para jogos amadores tem crescido significativamente no Brasil, movimentando cerca de 200 mil jogadores. Essa ideia, similar ao serviço de transporte por aplicativo, permite que goleiros se cadastrem, sejam escolhidos por jogadores, recebam pagamento pela partida, e sejam avaliados após o jogo.
Samuel Toaldo, um desenvolvedor de sistemas, iniciou o serviço “Goleiro de Aluguel” em 2015 após perceber a dificuldade que muitos peladeiros tinham em encontrar goleiros para suas partidas. Desde então, o serviço se expandiu nacionalmente, contando hoje com 180 mil jogadores cadastrados.
Os goleiros podem ganhar até R$ 2 mil por mês, além de receberem cashback para adquirir material esportivo. A plataforma também premia os quatro melhores goleiros de cada estado mensalmente. Além dos ganhos financeiros, muitos goleiros destacam os benefícios sociais e de saúde que obtêm ao participar do programa.
Apesar do domínio masculino, a plataforma incentiva a participação feminina, embora atualmente apenas 1% dos cadastrados sejam mulheres. Samuel acredita que a presença feminina no futebol amador tende a crescer com o tempo.
Ronei Marcelo dos Reis é um exemplo de goleiro que se beneficia do serviço, não só financeiramente, mas também socialmente, tendo formado amizades e recebido apoio da comunidade, como quando seus amigos se juntaram para lhe presentear uma moto após ele ter sido roubado.
O conceito tem sido bem aceito e é considerado prático por muitos jogadores, como Gustavo Scarpelli e seu grupo de médicos, que além de jogar semanalmente, mantêm uma amizade com o goleiro contratado.
A plataforma “Goleiro de Aluguel” representa uma inovação na forma como os jogos amadores são organizados e traz benefícios tanto para goleiros quanto para os peladeiros que utilizam o serviço.
Fonte: Globo Minas.