sábado, 4 de maio de 2024

Contato

Família de jovem que morreu em UPA de Belo Horizonte denuncia negligência médica

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

A família de uma jovem que morreu em uma unidade de saúde de Belo Horizonte denuncia negligência médica. O corpo de Mariane Silva Torres, de 26 anos, foi velado em uma funerária da capital mineira nesta quarta-feira (24).

Segundo parentes, a mulher faleceu na última terça (23), enquanto buscava atendimento na UPA Centro-Sul. Ela se queixava de não sentir as pernas e chegou ao local em uma cadeira de rodas, gritando de dor. 

Ainda assim, teve o quadro avaliado como “sem prioridade” e recebeu uma “pulseira verde” ao passar pela triagem. Depois de cinco horas aguardando assistência, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. 

O namorado de Mariane, João Cláudio Coelho, disse que a jovem ficou deitada no chão, agonizando e pedindo socorro, mas só foi atendida porque um paciente revoltado com a situação interveio e chamou o médico. Ela foi medicada para dor e, em seguida, teve uma convulsão. 

“Primeira informação é que ela estava tendo uma crise de ansiedade. Tomou remédio na veia e não adiantou, ela estava com dor ainda. Só que nenhum médico vinha dar o parecer do que tinha que fazer”, disse João. 

Amigos e familiares cobraram explicações da equipe da UPA e registraram um boletim de ocorrência denunciando o caso. Nas redes sociais, outros pacientes confirmaram a demora no atendimento (veja abaixo).

De acordo com registro da Polícia Militar, o médico responsável pelo plantão afirmou que a paciente foi classificada com o selo verde porque “provavelmente não tinha alteração de dados vitais”. 

Ainda conforme descrito no documento policial, a vítima ficou em observação por um tempo e, ao ser constatado que ela estava sem pulso, foi encaminhada à sala de emergência, onde os profissionais iniciaram as manobras de ressuscitação. 

“A manobra foi realizada por cerca de uma hora e seis minutos, sem sucesso, e o óbito foi constatado às 18h01min do dia 23 de Abril de 2024. Posteriormente foi utilizado um aparelho de ultrassonografia , que detectou grande quantidade de líquido na região torácica suspeitando de embolia pulmonar“, afirmou o médico. 

g1 procurou a Polícia Civil para saber se o caso será investigado, mas não recebeu uma resposta até a última atualização desta reportagem. 

Ao g1, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e disse que a paciente recebeu a assistência necessária enquanto esteve na unidade. Veja nota abaixo

“A usuária chegou ao local às 13h30 com queixa de dor no peito e nas pernas. Ela passou pela classificação de risco às 13h32 e, por volta das 14h50, foi medicada. 

Após estar medicada, e enquanto aguardava a reavaliação da equipe, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e foi imediatamente levada para a sala de emergência. Apesar de todos os esforços e manobras de ressuscitação, realizadas pelos profissionais da UPA por mais de uma hora, ela não resistiu às tentativas de reanimação. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). 

A Secretaria Municipal de Saúde se coloca à disposição para todos os esclarecimentos necessários”.

Fonte: Globo Minas

Encontre uma reportagem

Aprimoramos sua experiência de navegação em nosso site por meio do uso de cookies e outras tecnologias, em conformidade com a Política de Privacidade.