O que deveria ser uma realização de um sonho se transformou em um pesadelo para Emanoelle Faria Queiroz e sua filha caçula, Ana Carolina, de sete anos. A família, que mora em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, juntou dinheiro por dois anos para realizar o desejo de Ana de ver a neve no Chile. No entanto, logo no início da viagem, a menina começou a sentir um desconforto, que mais tarde se revelou ser o início de uma infecção por uma bactéria “comedora de carne”, conhecida como necrosante estreptococos do grupo A.
Os primeiros sintomas surgiram ainda no avião, com Ana Carolina reclamando de tontura. A mãe inicialmente pensou que se tratava de nervosismo ou efeito da altitude. Já no Chile, a menina começou a sentir dor de garganta e, no dia seguinte, apareceu uma brotoeja em sua axila. A situação piorou durante a noite, quando Ana desenvolveu febre alta e manchas com pus no abdômen.
Após ser levada a uma clínica, Ana Carolina foi submetida a uma cirurgia de emergência para remover as áreas necrosadas, antes mesmo do diagnóstico final, devido à gravidade da situação. A infecção já havia se espalhado pelo sangue da criança, exigindo várias cirurgias no Chile e outras após sua transferência para Belo Horizonte.
As despesas médicas, que somaram quase R$ 500 mil, superaram a cobertura do seguro viagem, levando a família a vender o carro e criar uma campanha de arrecadação online para cobrir os custos restantes. Até o momento, a vakinha conta com 161 apoiadores e arrecadou pouco mais de R$ 16 mil, com a meta de alcançar R$ 70 mil.
Emanoelle relata que, apesar dos momentos difíceis, Ana Carolina já está em casa e se recuperando bem. A família agora busca quitar as dívidas do tratamento que salvou a vida da menina, que a mãe considera um verdadeiro milagre.
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Fonte: BHAZ | Foto: Reprodução/Redes Sociais⬤
