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Família não vela idoso por suspeita de COVID-19, exames dão negativo, e caso pode parar na Justiça

Por Dentro De Tudo:

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Uma família de Belo Horizonte promete ir à Justiça contra a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a prefeitura local por não conseguir velar um idoso de 78 anos, morto na última quinta-feira (16). O sepultamento direto aconteceu porque o atestado de óbito da vítima apresentava como causa uma “pneumonia suspeita por coronavírus”, quadro que é negado pelos parentes.

De acordo com a filha da vítima, o pai “não tinha sintoma algum de COVID-19”, e a pneumonia foi causada por aspiração de uma sonda nasal. Já a prefeitura e o estado (leia mais abaixo) informam que seguiram o protocolo das autoridades de saúde.

Segundo relatos da família, J.C.O. deu entrada na Unidade Pronto-Atendimento de Venda Nova no início da semana passada. No local, ainda de acordo com a filha, mesmo sem sintomas da virose o idoso foi colocado em uma ala destinada a pacientes com suspeita/confirmação da COVID-19.

Enterro

Como o idoso morreu na ala para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus, a família não teve permissão de realizar o velório dele. Por isso, o sepultamento foi direto.

O idoso passou por dois testes para detecção da COVID-19 e em ambos o resultado foi negativo. Os dois são do modelo RT-PCR, também conhecido como molecular, o padrão-ouro da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os exames do paciente que apresentam resultado negativo para o novo coronavírus, contudo, saíram depois do enterro do homem.

Outro lado  

Procurada para dar seu ponto de vista sobre o tratamento oferecido na UPA Venda Nova, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que “o quadro clínico do paciente se encaixava como suspeita de COVID-19. Portanto, foi adotado protocolo específico, seguindo orientações do Ministério da Saúde”.

Já a Fhemig esclareceu que, no dia da admissão do paciente no Júlia Kubitschek, “o caso foi discutido com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que, seguindo as normas internacionais para o enfrentamento da pandemia, orientou o isolamento do paciente na ala para COVID-19”.

Ainda de acordo com a fundação hospitalar, “o resultado negativo (para COVID-19) foi posterior ao óbito. Seguindo as orientações dos órgãos sanitários, para os pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19, na declaração de óbito tem que constar a suspeita pela infecção do novo coronavírus”.

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