Neste sábado, 29 de junho, um grupo de manifestantes se reunirá em Belo Horizonte para defender os direitos de uma idosa de 80 anos que mora há seis décadas em uma casa entre os bairros Marajó e Havaí, na região Oeste da cidade. O imóvel é alvo de um processo de desapropriação movido pela prefeitura, que, segundo denúncias, tenta acelerar o processo sem oferecer uma indenização justa.
A filha da idosa, Izabel de Lourdes Carvalho, de 59 anos, relata que a família foi surpreendida com uma ordem de imissão na posse na última terça-feira, 25 de junho. Esse documento foi apresentado enquanto os moradores aguardavam a revisão dos valores estipulados na ordem de desapropriação, emitida em 18 de janeiro deste ano. Izabel explica que o valor inicial foi calculado com base em terrenos sem construções, o que levou a família a pedir uma nova avaliação. O pedido foi aceito, mas a ordem de imissão na posse chegou antes da nova avaliação.
“É uma casa com IPTU em dia, com contrato de compra e venda. Não é uma ocupação”, defende Izabel. A desapropriação está ligada a uma obra que será realizada na região, segundo a moradora. Ela afirma que, apesar das memórias que a casa representa para sua mãe, a família não é contra a obra, mas deseja uma reparação justa.
“Entendemos que a obra é necessária, mas queremos um tratamento digno para ela. É o único imóvel da família, construído pelo meu pai. É uma casa toda adaptada para ela, que tem dificuldades de locomoção”, desabafa Izabel.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte para obter mais informações sobre o processo de indenização e sobre a obra planejada. O texto será atualizado assim que houver um posicionamento oficial.