A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou recentemente os parâmetros clínicos para a identificação de febre em crianças. A nova diretriz considera temperatura axilar a partir de 37,5 °C como febre, abaixo do limite anteriormente adotado de 37,8 °C. A mudança visa alinhar a prática pediátrica nacional com os padrões internacionais, além de promover diagnósticos mais precisos e evitar o uso desnecessário de medicamentos.
Segundo especialistas, a alteração tem como principal objetivo evitar alarmes falsos e a consequente automedicação. Variações leves de temperatura, que antes já eram tratadas como febre, agora são observadas com mais cautela. O uso indiscriminado de antitérmicos, como paracetamol e dipirona, poderá ser reduzido com a adoção desse novo critério.
A SBP destaca que a febre, por si só, nem sempre representa um quadro grave. No entanto, sinais como irritabilidade excessiva, sonolência fora do comum, dores no abdômen ou articulações, vômitos, diarreia intensa ou baixa ingestão de líquidos devem servir como alerta para os pais e responsáveis, que devem buscar atendimento pediátrico imediato.
A orientação é que, em casos de temperatura acima de 38 °C, os responsáveis mantenham a criança hidratada e observem outros sintomas. Se a febre ultrapassar os 39 °C, a recomendação é procurar um médico com urgência, especialmente se houver sinais de desidratação ou dificuldades respiratórias.
Outro ponto importante é que, em crianças com menos de três meses, qualquer alteração febril deve ser avaliada imediatamente por um profissional de saúde, mesmo que a elevação da temperatura seja leve.
A SBP reforça ainda que o uso de medicamentos antitérmicos deve ser feito apenas com orientação pediátrica e que práticas como compressas mornas, ambiente arejado e roupas leves ajudam a promover o bem-estar da criança durante episódios febris.
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📰 Fonte: FDR
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