A febre oropouche, uma arbovirose transmitida por mosquitos, está preocupando as autoridades de saúde em Minas Gerais. Em duas semanas, os casos saltaram 77%, passando de 83 para 147 diagnósticos no estado. A cidade de Joanésia, no Vale do Aço, concentra a maioria dos registros, com 96 casos confirmados.
Detalhes e Impacto
• Transmissão: O vírus é transmitido por mosquitos, incluindo o mosquito-pólvora e o pernilongo comum.
• Localização: 97% dos casos estão no Vale do Aço, com Joanésia, Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga sendo os principais afetados.
• Vítimas: Embora a febre oropouche seja considerada mais branda que a dengue, duas mulheres jovens sem comorbidades morreram na Bahia, indicando uma possível mutação do vírus.
Causas e Preocupações
• Clima e Saneamento: Mudanças climáticas e condições de saneamento precárias facilitam a reprodução dos mosquitos transmissores.
• Subnotificação: Especialistas acreditam que os casos podem estar subnotificados, com muitos diagnósticos confundidos com outras arboviroses.
Medidas e Recomendações
• Prevenção: Uso de repelentes, roupas que cubram o corpo, telas em janelas e portas, e eliminação de criadouros de mosquitos são recomendados.
• Vigilância: Autoridades de saúde estão sendo orientadas a intensificar a vigilância e a realização de testes para identificar e controlar a doença.
Sintomas e Tratamento
• Sintomas: Incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, semelhantes aos da dengue e chikungunya.
• Tratamento: Não existe tratamento específico; os pacientes devem receber cuidados sintomáticos e repouso.
Alerta para Grávidas
O Ministério da Saúde emitiu um alerta para grávidas após a detecção de anticorpos do vírus em casos de abortamento e microcefalia, sugerindo uma possível transmissão vertical semelhante ao zika vírus.