O projeto Feira Delas, inicialmente, foi uma reunião entre amigas empreendedoras na área de convivência de um condomínio no Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte. Hoje, a iniciativa tem mais de 200 expositoras, que vendem seus produtos nos parques Aggeo Pio Sobrinho e Jacques Cousteau, aos domingos, pelo menos uma vez por mês.
A idealizadora do projeto, Tatiana Santos, de 38 anos, conta como surgiu a ideia do projeto. Vinda de Porto Alegre para BH há nove anos, ela, mãe de uma menina, sentia dificuldades de se inserir no mercado de trabalho.
A solução foi montar um mercado de mulheres empreendedoras com um perfil parecido: “De lá para cá, eu vi (o cenário) assim: ‘Gente, parece que o pessoal não dá oportunidade para essas pessoas, não é? Para mães e mulheres! Eu ia alimentando essa ideia”, explica.
Já na segunda edição da feira, foi necessário alugar um espaço maior, porque mais mulheres aderiram à ideia. Por meio de um termo de cooperação mútua, a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) concede o espaço dos parques para que a feira aconteça.
Com exceção do espaço, tudo é fornecido por Tatiana, como as barracas, que ela aluga, e a música ao vivo, presente em todas as edições do evento. “Alugo tudo, faço os orçamentos… É tudo comigo!”, diz a empreendedora.
Para vender na Feira Delas, as mulheres entram em contato diretamente com Tatiana, que seleciona quem fará parte da edição. Ela procura juntar empreendedoras com diferentes produtos e serviços e diversos perfis. “Eu tento mesclar para não repetir muito os segmentos a cada edição. Tenho meus critérios para escalar as expositoras”, explica.
Os produtos vendidos vão de gastronomia a artesanato. “Na feira, a gente tem um pouco de cada item. É gastronomia, moda, moda infantil, artesanato, aromaterapia. Um pouquinho de cada segmento”, diz Tatiana.
A idealizadora conta que a maioria das vendedoras já tem experiência, mas algumas delas vendem pela primeira vez na Feira Delas. Quando a iniciativa recebe expositoras de primeira viagem, elas ainda recebem dicas de como melhorar o empreendimento, como na criação de uma conta no Instagram ou com a criação de uma logomarca.
“Tem muitas que iniciam na minha (feira), então, a gente dá dicas. Às vezes, elas não têm Instagram, e a gente ajuda, também, elas a montarem ‘logo’. Tem expositora que inicia do zero conosco, então, todo mundo tem oportunidade. A gente vai auxiliando para que possam expor de uma maneira que fique mais profissional, mas todo mundo tem oportunidade”, reforça.
A feira é feita de mulheres, mas não é só para elas. Tatiana diz que o perfil da clientela é diverso. “O parque já é voltado para a família. Então, a gente já abrange aquele movimento do parque, que é a família”, justifica.