A 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada nesta quinta-feira (24), revela que os feminicídios no Brasil atingiram um novo recorde histórico em 2024, com 1.492 mulheres assassinadas por sua condição de gênero — um aumento de 0,7% em relação a 2023. O número mantém a tendência de crescimento registrada nos últimos anos.
O perfil das vítimas mostra que 63,6% eram mulheres negras, 70,5% tinham entre 18 e 44 anos, e 64,3% dos crimes ocorreram dentro da própria casa. Em 80% dos casos, os agressores eram companheiros ou ex-companheiros, e 97% dos autores eram homens. Em 18 estados que registram a informação, 9% dos feminicídios foram seguidos de suicídio do agressor.
O anuário também aponta aumento de 19% nas tentativas de feminicídio, que chegaram a 3.870 casos em 2024. Outros crimes contra mulheres cresceram no mesmo período: o stalking aumentou 18,2% e a violência psicológica, 6,3%.
Apesar da queda de 5,4% nas Mortes Violentas Intencionais (MVI) no país — totalizando 44.127 vítimas —, a violência contra crianças e adolescentes também aumentou. Houve crescimento de 3,7% nas mortes violentas intencionais na faixa etária de 0 a 17 anos, com 2.356 vítimas. Também foram registradas altas em crimes como produção de material de abuso sexual infantil (14,1%), abandono de incapaz (9,4%), maus-tratos (8,1%) e agressões no contexto de violência doméstica (7,8%).
Foto: Reprodução / DeFato Online
Fonte: DeFato Online, com informações da Agência Brasil
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