Cerca de 33 mil pessoas estão cadastradas na Central de Internação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à espera de uma cirurgia eletiva. Desse total, 64% são moradores da capital e 36% vêm de mais de 600 municípios mineiros.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria das demandas é das especialidades de ortopedia e oncologia. Há registros de pessoas que aguardam há anos pelo procedimento. Em 2025, 48 casos já precisaram ser judicializados para garantir atendimento.
No último sábado (5), um mutirão foi promovido no Hospital das Clínicas da UFMG como parte de uma força-tarefa para reduzir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram feitas 12 cirurgias, mais de 100 exames de imagem e cerca de 1.400 atendimentos por telemedicina.
A ação reuniu esforços de instituições públicas e governamentais, como o governo federal, hospitais universitários, Ministérios da Saúde e da Educação, além de estados e prefeituras.
Moradores que aguardavam há muito tempo por exames e procedimentos comemoraram o atendimento antecipado, considerado um alívio para quem lida com dores crônicas ou doenças que exigem acompanhamento contínuo.
A expectativa é de que novos mutirões aconteçam ainda neste ano, com mobilizações já previstas para os meses de setembro e dezembro. Segundo a administração hospitalar, além desses eventos pontuais, os esforços para reduzir a fila são constantes.
A realidade da espera prolongada é vivida por milhares de famílias. Muitos pacientes relatam casos que se estendem por décadas, em função de lesões recorrentes ou da demora na realização de exames fundamentais para o diagnóstico e tratamento.
Foto: Aline Ruas/HC-UFMG
Fonte: g1 Minas / TV Globo
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