Uma quadrilha especializada em furto e roubo de veículos na Grande BH foi alvo de operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (26). As investigações começaram há cinco meses, com a prisão de sete pessoas até o momento. O bando, no entanto, é composto por 10 suspeitos. Os trabalhos seguem.
Caminhonetes de luxo eram as mais visadas pelos criminosos, que repassava os automóveis para seis cidades no interior de Minas e até para outros estados. Vinte veículos já identificados. A instituição estima que o prejuízo às vítimas é de R$ 4 milhões.
A operação “Casa de Papel” cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em BH, Contagem, Pará de Minas e Três Marias.
Investigações
De acordo com a Polícia Civil, as investigações resultaram na identificação de um complexo e altamente organizado esquema envolvendo subtração e adulteração de veículos, receptação, estelionato e lavagem de dinheiro.
Em coletiva, o delegado Leandro Macedo, titular da 5ª Delegacia Especializada em Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (Depifvra) explicou que o grupo era liderado por um homem que se autodenominou ‘professor’, em referência à série da Netflix ‘La Casa de Papel’.
“Ele se diz uma pessoa com inteligência acima da média e, conforme apuramos, está por trás de toda a organização”, afirmou o delegado.
Durante buscas na casa do líder do bando, em Três Marias, foram apreendidas máscaras similares às utilizadas no seriado, além de fotografias utilizando as mesmas.
O chefe da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores, delegado Domiciano Monteiro, explicou que os veículos adulterados eram vendidos na Grande BH, interior do estado e outras federaçẽos, especialmente para o Espírito Santo. Na avaliação do delegado, o grupo tinha “especialização de ponta” na adulteração dos veículos.
“Isso foi constatado a partir da apreensão de equipamentos utilizados para adulteração de centrais eletrônicas. Foram apreendidas 45 dessas centrais eletrônicas que vinham de veículos provenientes de crimes”, finalizou.
Dos 10 integrantes do grupo, nove têm passagens policiais pelos crimes de furto, roubo, receptação de veículos e homicídio, no caso de um investigado em particular.
Fonte: Hoje em Dia.
