Fisioterapia, analgésicos e prevenção de trombose: Bolsonaro entra em pós-operatório e médicos avaliam novo procedimento

Por Dentro De Tudo:

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O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se em período de pós-operatório após passar por uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, realizada nesta quinta-feira (26), em um hospital de Brasília. Segundo a equipe médica, a recuperação envolve uso de analgésicos para controle da dor, sessões de fisioterapia voltadas à mobilização precoce e medidas preventivas contra complicações como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.

O procedimento teve início por volta das 9h15 e foi concluído pouco antes das 13h, com duração aproximada de três horas e meia. A cirurgia transcorreu sem intercorrências, foi realizada sob anestesia geral e teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, área afetada pelo enfraquecimento da parede abdominal característico da hérnia inguinal. Apesar de eletiva, a intervenção foi indicada para evitar agravamento do quadro e possíveis complicações clínicas.

Após a cirurgia, Bolsonaro foi encaminhado diretamente ao quarto, sem necessidade de internação em unidade de terapia intensiva. Ele permaneceu acordado, comunicativo e sob monitoramento contínuo. A expectativa da equipe médica é de que a internação dure entre cinco e sete dias, período destinado ao acompanhamento clínico, controle rigoroso da dor e início gradual da mobilização, considerada essencial para a recuperação.

Paralelamente aos cuidados do pós-operatório, os médicos avaliam a possibilidade de um novo procedimento para tratar crises de soluços persistentes que vêm afetando o ex-presidente nos últimos meses. Inicialmente, foi considerada a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, responsável por estimular o diafragma, mas a decisão foi adiada. A equipe optou, neste momento, por uma conduta conservadora, priorizando tratamento medicamentoso, ajustes na dieta e observação da resposta clínica.

De acordo com os médicos, o bloqueio do nervo frênico é um procedimento mais invasivo e, por isso, a necessidade de sua realização será reavaliada nos próximos dias, a depender da evolução do quadro. A equipe esclareceu ainda que os soluços podem estar relacionados a alterações no sistema digestivo e que, até o momento, não há indícios de complicações neurológicas associadas ao sintoma. Exames complementares, como endoscopia, poderão ser realizados durante a internação.

Bolsonaro havia sido internado na quarta-feira para exames e preparo pré-operatório. A hospitalização foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia da Polícia Federal apontar a necessidade da intervenção médica. Segundo o ministro, a autorização não interfere na execução da pena imposta ao ex-presidente.

Durante a internação, Bolsonaro está acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e familiares estiveram no hospital antes do início do procedimento.

Fonte: O Globo

Crédito da foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo

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