Durante quatro dias, cerca de 150 representantes de instituições federais, estaduais e municipais das áreas de segurança, financeira e da Justiça assistem palestras e debatem temas ligados ao terrorismo, em curso promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Subsecretaria de Inteligência e Atuação Integrada (Suint). O evento teve início na segunda-feira (7/11) e vai até esta quinta-feira (10/11), no auditório central do Corpo de Bombeiros Militar em Belo Horizonte.
Sejusp / Divulgação
O subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada, Christian Vianna de Azevedo, explica que o curso é muito importante para as instituições de segurança e financeiras conhecerem um fenômeno mundial, com potencial para atingir a todos. “É preciso detectar o terrorismo no seu nascimento, pois ele não é apenas o ataque em si, mas uma longa cadeia de ações, que sem ela o ataque não existiria. Há a radicalização, o recrutamento e o financiamento”, explica o subsecretário.
O tema foi trazido pela Sejusp, entre outras razões, porque as organizações terroristas transnacionais têm buscado parcerias com organizações criminosas. Há suspeitas dos estudiosos sobre o tema que organizações criminosas na América Latina já aprenderam muitas técnicas com organizações terroristas, principalmente em como realizar ataques. “É uma simbiose que uma organização busca com outras”, destaca Christian Vianna.
A Sejusp tem buscado integrar as forças de segurança por meio de cursos e operações. E este tema, apesar de ser de competência da Polícia Federal, deve estar no radar das forças de segurança. “As polícias que estão na rua todos os dias podem perceber uma pessoa que está sendo radicalizada por um grupo terrorista. Quanto mais servidores da área de segurança pública e áreas fins conheçam sobre terrorismo e sobre a longa cadeia de ações – que é o ciclo da atividade terrorista – melhor será o trabalho integrado de prevenção”, ressalta o subsecretário.
Sobre o curso
As palestras são ministradas por servidores da Polícia Federal e um professor da PUC Minas. Entre os diversos temas, destacam-se o Financiamento do Terror, o Monitoramento das Redes Sociais, o Extremismo Violento Idelogicamente Motivado e a Legislação Aplicada ao Terrorismo.
Participam do treinamento as seguintes instituições: Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Força Aérea Brasileira (FAB), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal do Brasil (RFB), Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB), Polícia Federal (PF), Banco Central do Brasil (Bacen), Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG), Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG), Guarda Civil de 20 municípios e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
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