Servidores da Segurança Pública de Minas Gerais ocuparam desde o início da tarde desta quinta-feira (9) a Cidade Administrativa para protestarem contra o não pagamento da recomposição salarial por parte do governo. Após o Executivo reunir com deputados que representam a categoria e não apresentar uma definição, membros das Forças de Segurança fecham, desde 18h15, os dois sentidos da MG-010, a Linha Verde que liga a capital ao aeroporto de Confins.
Cerca de cinco parlamentares foram recebidos pelo secretário de Segurança, Rogério Greco e por chefes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. De acordo com o deputado estadual Coronel Sandro (PSL), que estava presente no encontro, em contato com o secretário de governo Igor Eto, que estava no interior do Estado com Romeu Zema (Novo), ficou estabelecido que uma comissão de deputados será recebida novamente até o dia 17 para tratar da “pauta do acordo que não foi cumprido pelo governo”.
O parlamentar afirmou que o aceno do governo na reunião desta quinta-feira não atende aos pedidos da categoria, mas foi o que conseguiram. “Consideramos um avanço muito pequeno, mas avanço. A partir desse avanço, na reunião para tratar do que que não foi cumprido, iremos nos posicionar de forma mais assertiva”, declarou.
Apelos ignorados
O protesto foi chamado pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que realizou uma audiência pública no local nesta quinta-feira. Os deputados alegam que os apelos dos servidores da segurança pública em manifestações e audiências realizadas na ALMG não têm sido considerados pelo governo do Estado.
Segundo o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PTB), em 2019 o governador Romeu Zema assumiu o compromisso de fazer a recomposição salarial de policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e socioeducativos a ser pago em três parcelas: 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022. Entretanto, apenas o primeiro pagamento foi realizado.
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