A fratura peniana é uma lesão rara, mas grave, que ocorre quando há ruptura da túnica albugínea — estrutura que envolve os corpos cavernosos do pênis em ereção. Segundo o urologista Francisco Ricardo Nogueira de Azeredo Coutinho, a causa mais comum é um trauma durante a relação sexual, geralmente quando o pênis ereto escapa do canal vaginal ou anal e sofre impacto, especialmente em movimentos rápidos e vigorosos. A incidência estimada é de 1 a 10 casos por 100 mil homens.
Os sinais típicos incluem um estalo audível no momento do impacto, dor intensa, perda imediata da ereção e surgimento de hematomas na região. Casos mais leves podem passar despercebidos inicialmente, mas causar deformidades no futuro.
Um estudo de 2024 apontou que as posições mais associadas à fratura são as de domínio masculino, como “homem por cima” e “cachorrinho”, contrariando a crença de que a posição “vaqueira invertida” seria a mais perigosa. Fatores como excesso de empolgação, lubrificação insuficiente e peso corporal da parceria também influenciam no risco.
A fratura peniana é considerada emergência médica e exige cirurgia imediata para reparar a lesão. O tratamento inadequado pode levar a complicações como a Doença de Peyronie, caracterizada por curvatura, deformidades e comprometimento da rigidez peniana, afetando a vida sexual e a autoestima.
A prevenção envolve atenção durante o ato sexual, escolha de posições seguras e cuidado para evitar desacoplamentos em movimentos bruscos. Prudência e percepção dos sinais do corpo são essenciais para reduzir o risco.
Crédito da foto: Getty Images / Arte Metrópoles
Fonte: Metrópoles
#Saúde #Urologia #FraturaPeniana #Sexualidade #Prevenção
