Um funcionário chileno recebeu acidentalmente R$ 917 mil, valor equivalente a 330 vezes o seu salário mensal, após um erro de processamento na folha de pagamento da empresa onde trabalhava. O homem, que atuava como assistente de escritório na Dan Consorcio Industrial de Alimentos, ganhava cerca de 500 mil pesos chilenos (aproximadamente R$ 2.780) por mês, mas acabou recebendo 165 milhões de pesos de forma indevida.
Após o depósito inesperado, o funcionário pediu demissão três dias depois e não devolveu o dinheiro. Segundo a empresa, ele havia prometido restituir o valor durante uma reunião com o departamento de recursos humanos, mas descumpriu o acordo.
A companhia entrou com um processo judicial contra o ex-colaborador, alegando apropriação indevida. No entanto, o tribunal de Santiago decidiu a favor do trabalhador, entendendo que o caso não configurava crime de roubo e que o tipo penal de apropriação indevida não cabia naquele processo. Caso fosse condenado, o homem poderia pegar até 540 dias de prisão e multa.
Mesmo após a decisão desfavorável, representantes da empresa afirmaram que pretendem recorrer, pedindo a anulação da sentença.
O caso repercutiu no Chile e reacendeu o debate sobre erros administrativos e responsabilidade civil das empresas em situações de pagamento indevido.
Fonte: O Tempo Mundo | Foto: Pexels