Funcionários pediram limpeza das calhas três semanas antes de alagamento no Hospital João XXIII

Por Dentro De Tudo:

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Três semanas antes de setores do Hospital João XXIII serem alagados pela chuva, neste domingo (23), funcionários da unidade já haviam solicitado oficialmente a limpeza preventiva das calhas. O documento, datado de 2 de novembro, alertava para o início do período chuvoso e mencionava que goteiras eram problemas recorrentes. A solicitação, no entanto, foi registrada como cancelada pelo setor de manutenção.

Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o alagamento foi causado justamente pelo entupimento das calhas, o que impediu a vazão da água da chuva. Vídeos feitos por servidores mostram água jorrando pelos canais de iluminação e inundando corredores da unidade, que é referência em atendimento de emergência, politraumas, queimaduras e intoxicações. Pacientes precisaram ser remanejados, e uma cirurgia chegou a ser interrompida devido a uma goteira.

O diretor do sindicato que representa os trabalhadores da Rede Fhemig, Carlos Martins, afirmou que o caos visto no hospital poderia ter sido evitado. Ele relatou que a unidade estava lotada, com pacientes em macas nos corredores, quando parte do teto começou a verter água diretamente sobre eles.

A Fhemig atribuiu o problema ao volume elevado de chuvas e ao acúmulo de materiais arremessados nos telhados, que teriam obstruído os pontos de escoamento. Em nota, reafirmou que há rotinas contínuas de limpeza de calhas e telhados, intensificadas durante o período chuvoso, independentemente de solicitações adicionais. A fundação também declarou que o atendimento aos casos graves não foi interrompido em nenhum momento e que as manutenções emergenciais foram realizadas o mais rápido possível.

Crédito do texto: g1 Minas

Crédito das fotos: g1 Minas / Redes sociais

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