Depois de afirmar que não participaria das próximas eleições, o ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), anunciou oficialmente sua pré-candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026. O comunicado foi feito nesta segunda-feira (3), marcando uma mudança significativa em sua trajetória política após a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2024.
Segundo o político, a decisão de concorrer ao governo resulta de uma combinação entre “necessidade e oportunidade”. “As pessoas querem uma candidatura equilibrada. A palavra-chave é equilíbrio. Eu sinto que o equilíbrio nacional precisa de Minas, e acredito que Minas precisa do equilíbrio”, afirmou Azevedo, que também preside o MDB na capital mineira.
Em entrevista exclusiva ao jornal O Tempo, Gabriel declarou que sua candidatura ao governo foi algo “inesperado”, mas reforçou seu carinho pela capital e não descartou uma futura disputa pela prefeitura. “Duas opções podem acontecer nas eleições de 2026: ou eu vou ser eleito governador de Minas Gerais e cumprirei esse mandato até o fim, ou o povo mineiro escolherá outro nome — e 2028 está logo ali. O amor por Belo Horizonte é o mesmo”, disse.
Durante a conversa, o pré-candidato fez críticas diretas ao atual governador Romeu Zema (Novo) e afirmou que os desafios de Minas precisam de ações concretas, e não apenas de discursos em redes sociais. “Estou vendo gente querendo ser o candidato de Bolsonaro, outros de Lula, e também quem busca apenas cliques, esquecendo de propor soluções reais para o estado”, pontuou.
Gabriel Azevedo também relembrou sua trajetória nas eleições de 2024, quando obteve 10,55% dos votos e ficou em quarto lugar. “Disseram que eu não conseguiria ser candidato, depois que não teria vice, e tivemos o Paulo Brant ao nosso lado. Falaram que não passaríamos de 1%, e terminamos com mais de 10%”, lembrou.
Com o anúncio, Azevedo se junta oficialmente à disputa estadual, que já conta com nomes como o vice-governador Mateus Simões (PSD), o ex-prefeito Alexandre Kalil (PDT) e o senador Cleitinho (Republicanos).
Texto: Hermano Chiodi — O Tempo
Foto: João Godinho / O Tempo



















