Internas trans da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia, relataram casos de tortura, agressões físicas, transfobia e ameaças atribuídas a policiais penais da unidade. As denúncias, registradas pela Defensoria Pública do DF (DPDF) e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), resultaram na abertura de procedimentos para apuração dos fatos.
Segundo documentos apresentados pela defesa de uma das presas, os episódios ocorreram em julho na ala LGBTQIA+ do presídio. Entre as práticas denunciadas estão o uso de gás de pimenta em cela sem ventilação, agressões com chutes, socos e tonfa, proibição de banho de sol, negação de água, escovação dentária e atendimento médico, além de insultos transfóbicos. Há ainda relatos de ofensas racistas e de violência sexual.
As famílias de duas internas também denunciaram ameaças e dificuldades para realizar visitas, com cancelamentos sucessivos. Uma das mães relatou que a filha teve ferimentos causados por barra de ferro e que agentes proferiam ofensas constantes, exigindo que “voltassem para o presídio masculino”.
A Secretaria de Administração Penitenciária do DF informou, em nota, que não compactua com discriminação ou intolerância e que instaurou um Procedimento de Investigação Preliminar para apurar as denúncias.
Crédito da foto: Reprodução / SEAPE-DF
Fonte: Metrópoles
#DireitosHumanos #Transfobia #SistemaPrisional #DistritoFederal #ViolenciaPolicia