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Gasolina e etanol podem ficar mais caros nesta quinta com volta de impostos

Por Dentro De Tudo:

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O preço do etanol e da gasolina pode ficar mais caro a partir desta quinta-feira (29/06) em todo o Brasil. O retorno dos tributos federais PIS/Cofins e Cide, se for integralmente repassado, pode aumentar em R$ 0,34 o preço do litro do álcool e em R$ 0,22 o da gasolina na bomba dos postos de combustível. A reportagem registrou postos cobrando R$ 5,59 na avenida Antônio Carlos e na Via Expressa na manhã desta quinta.

O retorno da tributação só valeria a partir de sábado (1º/07) se o Congresso houvesse se movimentado para votar a Medida Provisória (MP) que reduzia os tributos. Mas, como não houve ação nesse sentido, ela deixou de valer alguns dias antes, nesta quarta-feira (28/06). Por isso, a partir desta quinta, o consumidor pode encontrar combustíveis mais caros.

O recolhimento dos impostos federais é feito diretamente na venda de combustível para as distribuidoras, e não na ponta da cadeia, nos postos. Por isso, ele já tende a chegar mais caro nos estabelecimentos. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) confirma a possibilidade de aumento e destaca que o preço dos combustíveis é livre em todos os elos da cadeia e o Estado não regula preços e nem margens de lucro.

A alta chega em um momento de redução do preço médio dos combustíveis em Belo Horizonte e região. Segundo o levantamento mais recente do site de pesquisa Mercado Mineiro, o preço médio da gasolina na região foi de R$ 5,05 entre os dias 22 e 24 de junho, queda de R$ 0,25 desde o começo do mês. O etanol seguiu a tendência de queda, o preço baixou R$ 0,12 e chegou a R$ 3,59.

Os impostos federais haviam sido zerados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em junho de 2022, poucos meses antes das eleições. A medida perderia efeito em janeiro deste ano, contudo o presidente Lula (PT) a prorrogou. Os impostos federais voltaram parcialmente em março. 

Em maio, o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que há margem para a Petrobras baixar mais o preço dos combustíveis para compensar o retorno dos tributos. “Com o aumento (dos impostos) previsto para 1º de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração”, declarou durante reunião conjunta nas comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Sob o governo Lula, a Petrobras abandonou o Preço de Paridade de Importação (PPI), adotado desde 2016. A política de preços utilizava o mercado internacional como referência para reajustar preços, que eram fortemente influenciados pelo preço do barril de petróleo no exterior. Com a mudança, os preços internacionais não são mais os únicos parâmetros de ajuste de preços e, desde maio, a Petrobras tem anunciado reduções no preço dos combustíveis.

Fonte: O Tempo.

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