Três homens e duas mulheres foram presos por suposta participação em uma quadrilha que aplicava o golpe do falso emprego em Belo Horizonte. A investigação da Polícia Civil começou há mais de um ano e os alvos da quadrilha eram pessoas de 14 a 21 anos em busca do primeiro emprego.
Informações da Polícia Civil apontam que 13 vítimas já denunciaram o caso, mas outros jovens podem ter sido vítimas do grupo. “Os criminosos se passam por funcionários e proprietários de uma empresa de RH. Eles fazem contato com a vítima por ligação ou WhatsApp noticiando uma vaga de emprego, chamam elas até o estabelecimento na região central de Belo Horizonte e lá eles afirmam que existe a vaga”, relata a delegada Lígia Mantovani.
Apesar da suposta oportunidade, as vítimas precisam efetuar um pagamento e participar de um suposto curso antes de oficializar o contrato. “É um curso fraudulento, vendido e realizado pelos próprios criminosos como uma condição para que tenham essa vaga de emprego”, completa a policial.
Em coletiva, a delegada relata que o primeiro contato com as vítimas era feito em escolas, onde ofereciam as vagas e os cursos. Os criminosos ofertavam cursos de informática, administração e outras temáticas, solicitando que os interessados preenchessem uma ficha.
Após comprar o curso, as vítimas descobriam que se tratava de um golpe que, segundo policiais, cobrava diferentes valores a partir do perfil dos jovens. “Os estelionatários faziam uma leitura das condições da vítima e cobravam de acordo com que eles sentem que essa vítima teria condições de pagar. Têm vítimas que noticiaram o pagamento de R$ 2 mil, outras que noticiaram R$ 1.500 e teve vítima que tinha só R$ 300 e eles aceitaram. O objetivo era ludibriar”, explica.
Foram cumpridos em Belo Horizonte cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão entre segunda (4) e terça-feira (5). Um dos presos seria o idealizador do golpe, que recebia uma porcentagem do negócio. Dois sócios foram presos, além de dois responsáveis por encaminhar as vítimas e criar os cursos falsos.
O grupo pode responder por estelionato e organização criminosa, com penas podem chegar a 13 anos de reclusão. A Polícia Civil orienta que outros jovens que tiverem caído no golpe procurem uma delegacia para denunciar o caso.














