O golpe do Pix tá aí e muita gente, sem querer, está se tornando vítima de criminosos. Foi só a novidade do mercado financeiro surgir que os golpistas aproveitaram para utilizá-la como mais uma forma de praticar furtos.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as tentativas de fraudes registradas com o Pix foram identificadas como os chamados ataques de phishing. Tratam-se de técnicas de engenharia social que consistem em enganar o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões
Foi isso que quase aconteceu com a comerciante Rosimeire da Silva, 42, moradora de Cajazeiras. Ela recebeu um e-mail do banco que informava a chegada de uma transferência Pix de cerca de R$ 2 mil. Como ela é comerciante e trabalha com esse formato de transferência, não suspeitou, a princípio.
“No e-mail tinham todos os detalhes do banco e o link que dizia para eu clicar e visualizar minha conta”, lembra. Rosimeire clicou no link, mas, quando foi pedido para ela digitar sua senha, desconfiou que poderia ser um golpe.
Escolha do formato
A escolha dos bandidos pelo Pix para os golpes é explicada pela facilidade em ser realizada a transferência. O valor cai na conta de destino em até 10 segundos, independente do dia ou horário que foi feita a transação.
Segundo o Banco Central, 75 milhões de brasileiros já usaram o Pix para transferir ou receber dinheiro desde novembro de 2020, quando o serviço foi lançado. Em abril, a quantidade de Pix superou a de Transferências Eletrônicas Disponíveis e Documentos de Crédito somados.
“Os bancos estão usando toda sua expertise com todos os sistemas de pagamentos, como TED e DOC, transferências, boletos, e agora para o Pix. Para isso, conta com as melhores tecnologias e o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes”, defende a Febraban. Segundo a instituição, R$ 24,6 bilhões são investidos anualmente em tecnologia pelos bancos.