Com a popularização dos consórcios como alternativa de crédito, cresce também o número de golpes envolvendo boletos falsos, principalmente contra clientes do setor. A fintech Mycon, pioneira em consórcios digitais no Brasil, alerta sobre essa prática criminosa e orienta os consumidores sobre como se proteger.
No golpe, os criminosos enviam boletos que parecem quase idênticos aos originais, com logotipos e dados aparentemente legítimos. Porém, o código de barras é adulterado, fazendo com que o pagamento seja direcionado a contas de terceiros e não à administradora do consórcio. “O golpe se aproveita da pressa ou do medo de cancelamento das cotas para induzir o pagamento. Por isso, é essencial redobrar a atenção”, explica Francis Silva, CFO do Mycon.
Como se proteger
O Mycon elaborou algumas orientações para evitar cair nesse tipo de golpe:
- Verifique remetente e layout: Desconfie de e-mails com remetentes desconhecidos ou nomes estranhos. Observe imagens de baixa qualidade, logotipos distorcidos ou fontes diferentes das originais.
- Cheque o código de barras: Confirme se os primeiros dígitos correspondem ao banco emissor (ex.: 001 para Banco do Brasil, 237 para Bradesco, 341 para Itaú). Golpistas alteram esses números para desviar o pagamento.
- Dados do beneficiário: Nome e CPF/CNPJ devem ser os mesmos da administradora. Divergências indicam alerta.
- Valores e vencimento: Confira se o valor e a data correspondem à sua parcela habitual. Alterações podem indicar fraude.
- Links e anexos suspeitos: Não clique em links ou baixe anexos de boletos suspeitos, que podem conter vírus ou direcionar para sites falsos.
- Confirme com a administradora: Em caso de dúvida, contate diretamente a administradora usando canais oficiais. Não utilize contatos do boleto suspeito.
- Internet banking ou aplicativos oficiais: Prefira sempre o internet banking ou app oficial do banco para efetuar pagamentos, garantindo mais segurança.
- Proteja seus dispositivos: Mantenha computador e celular com antivírus atualizado e evite acessar links ou arquivos de fontes desconhecidas.
Segundo Francis Silva, a pressa é inimiga da segurança. “Golpes como esse só funcionam quando o cliente se sente pressionado e não verifica as informações com calma”, reforça.
A orientação é que clientes compartilhem alertas com amigos e familiares, evitando que mais pessoas se tornem vítimas. Com controle financeiro e atenção aos detalhes, é possível identificar cobranças suspeitas e manter as contas do consórcio em dia com segurança.