domingo, 19 de maio de 2024

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Golpistas usam SMS e WhatsApp para roubar dinheiro com falso emprego

Por Dentro De Tudo:

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Crises econômicas são terreno fértil para a proliferação de golpes. E o avanço tecnológico acaba sendo um aliado de criminosos internacionais que furtam dinheiro com esquemas já conhecidos, mas que ganham novas roupagens para atrair mais vítimas. Um “velho golpe” que está novamente fazendo sucesso é o do falso emprego – que promete grandes ganhos, mas acaba é tirando recursos dos “funcionários”.

E o meio pelo qual as ofertas mirabolantes chegam tem sido o telefone celular, mediante mensagens SMS ou aplicativos, como WhatsApp e Telegram.

Os criminosos, que na maioria das vezes não estão no Brasil, conseguem milhões de números de telefones em pacotes que são vendidos na internet e enviam as mensagens com as ofertas.

Os textos que circulam costumam usar o nome de empresas grandes, como Amazon ou Mercado Livre, e oferecem vagas de meio período com salários que podem chegar a R$ 5 mil por dia. E tudo para trabalhar de casa, usando apenas o celular.

Parece bom demais para ser verdade – e é mesmo. Também parece falso demais para enganar alguém, mas é o suficiente para atrair “um mar de vítimas”, segundo o perito em crimes digitais Wanderson Castilho, cujo trabalho é ajudar quem cai nesse tipo de golpe.

“Pessoas que estão vivendo grandes dificuldades econômicas ficam com a capacidade de raciocinar limitada. Os criminosos miram essas pessoas fragilizadas e acabam tendo sucesso porque atuam de forma massiva. Se 1% de quem recebe a mensagem cai, o lucro já é enorme, porque eles tentam com, literalmente, milhões de potenciais vítimas, sabendo que algumas vão cair”, afirma o investigador, em entrevista ao Metrópoles.

Veja mensagens que oferecem esses falsos empregos com supostos grandes salários:1/2

Como funciona o golpe

O golpe do falso emprego em meio período está tão massificado que chega a virar piada nas redes sociais e motivar especialistas a “cair” de propósito para ver como funciona a engenharia desse crime.

A empresa de inteligência em segurança AllowMe, por exemplo, clicou em links como os das imagens acima para ver o que aconteceria. De acordo com o relato, após clicar, a pessoa conversa com um golpista que se passa por recrutador e é estimulada a passar alguns dados pessoais, como nome completo, RG e CPF.

É o primeiro risco do golpe, pois esses dados são valiosos na mão dos bandidos e podem ser vendidos ou usados para aplicar outros golpes ou abrir empresas ou conta-fantasma.

Em seguida, a vítima é cadastrada em uma espécie de plataforma de compras e ganha uma missão. É como um joguinho, no qual a pessoa precisa atingir objetivos para alcançar as metas e, assim, ter os ganhos prometidos.

Nos sites de vendas, a vítima faz compras, mas normalmente paga via Pix para contas de pessoas físicas, um indicativo de que nada sequer é comprado. No perfil de quem foi enganado, porém, cada compra vira créditos, normalmente com um acréscimo de 30% ou 50%.

Só que esse saldo não existe. Se a pessoa tenta sacar, o sistema avisa que ainda faltam missões ou compras. E cada uma tem um valor maior do que a anterior, até que a “missão” se torna impossível… e a vítima percebe que caiu num golpe.

Fonte: Metropoles

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