O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta terça-feira (22), a compra emergencial de tiras de medição de glicose para atender pacientes da rede pública estadual de saúde. No entanto, não foi informada a data em que o material será disponibilizado para a população, o que tem gerado apreensão entre os usuários do SUS que dependem desse insumo diariamente.
A medida surge após a suspensão da marca OK PRO pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão ocorreu após o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde identificar resultados insatisfatórios nos testes de eficácia de algumas tiras. Três lotes foram interditados, com comercialização, uso e distribuição suspensos.
Enquanto isso, pacientes como a jovem Laura, diagnosticada com diabetes tipo 1, enfrentam uma rotina difícil. A adolescente precisa realizar de seis a oito medições por dia, o que representa um gasto mensal elevado com a compra das fitas. A mãe, Juliana Freitas, desabafa: “O governo diz que fez a compra emergencial, mas pra quando? O diabético tipo 1 não pode esperar.”
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) orientou que os municípios usem contratos vigentes para aquisição temporária de glicosímetros, até que a situação seja normalizada. O estado também está em contato com as prefeituras para mapear o número de pacientes impactados e pretende notificar a empresa fabricante da OK PRO.
Por sua vez, a Anvisa afirmou que a suspensão é válida apenas para os lotes específicos mencionados na resolução, e que os demais continuam liberados. Já a fabricante da OK PRO declarou que aguarda novos testes e contraprovas, previstos para início de agosto, e reforçou que os produtos seguem rigorosos padrões técnicos.
Enquanto o impasse não é resolvido, milhares de diabéticos seguem sem acesso gratuito às fitas, essenciais para o controle da doença e prevenção de complicações graves.
📷 Imagem: Reprodução / TV Globo
📍 Fonte: G1 Minas
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