A partir do segundo semestre deste ano, o governo de Minas Gerais vai disponibilizar vagas em cursos profissionalizantes para estudantes do ensino médio das escolas públicas e particulares do estado. Com investimento estimado em R$ 534 milhões, a expectativa é atender mais de 40 mil jovens.
Os detalhes do programa Trilhas do Futuro foram informados pelo governo do estado durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (16).
“Eu, que trabalhei por 35 anos no setor privado, me deparei com uma situação que ocorre em Minas Gerais e no Brasil de forma genérica. As empresas deixam de fazer investimentos por falta de profissionais qualificados. E, por outro lado, tem vários jovens procurando vaga no mercado de trabalho e não conseguem colocação (…). O que estamos querendo fazer é reduzir esta disparidade gritante que existe”, disse o governador Romeu Zema (Novo).
Apesar de ainda não existir uma previsão da volta às aulas presenciais para esta faixa etária em Minas, o cronograma dos cursos profissionalizantes já foi anunciado pela secretária de Estado de Educação, Júlia Sant’Anna.
No dia 24 de julho será divulgado um catálogo com os detalhes dos cursos ofertados e, entre 26 de julho e 11 de agosto, será possível fazer a matrícula no site da Secretaria de Estado de Educação.
“Nós temos desejo que as aulas sejam presenciais, estamos otimistas em relação à vacinação. (…) A gente entende que isso vai coincidir já com as atividades presenciais. Mas caso seja necessário, já estamos prontos para fazer de forma remota”, afirmou a secretária, que vislumbra a possibilidade de ampliação do programa no próximo ano.
De acordo com o governador, o valor investido, de mais de R$ 534 milhões, será para contratação de instituições públicas e privadas que vão oferecer os cursos, escolhidos após escuta das demandas do setor produtivo. Também serão disponibilizados vale-transporte e lanches para os estudantes.
Serão fornecidos 78 cursos em 425 cidades mineiras. Entre eles, estão enfermagem, eletroeletrônica, desenvolvimento de sistemas e tecnologia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, foram ouvidas 110 empresas e 50 polos industriais.