O Governo de Minas e a Prefeitura de Capitólio assinaram um convênio que deve viabilizar obras para revitalização dos cânions do município. O objetivo é prevenir riscos para os visitantes que passeiam pelo Lago de Furnas, onde uma rocha que se soltou de um dos cânions matou 10 pessoas em janeiro.
De acordo com o governo, o orçamento total previso é de cerca de R$ 2,9 milhões: do valor, R$ 2 milhões são um aporte direto da administração estadual, e os cerca de R$ 919,9 mil restantes vêm do município de Capitólio.
O plano de trabalho do convênio foi firmado a partir de estudos realizados por uma equipe composta por técnicos da prefeitura de Capitólio e por geólogos da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e da UFG (Universidade Federal de Goiás).
Assinatura do convênio
O secretário de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira; o prefeito de Capitólio, Cristiano Gerardão (PP); e o subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior; assinaram o convênio na manhã desta quarta-feira (16), no MM Gerdau (Museu das Minas e do Metal).
O prefeito relembrou os desafios que seguiram a tragédia do Lago de Furnas no início do ano, até o início das liberações de visitação na área. “Esse ano foi um ano que marcou muito todos nós. Foram 80 dias de muito trabalho, muita luta”, começou.
“Com a ajuda dos empresários de Capitólio, das pessoas que vêm de Capitólio, e principalmente com a ajuda do Governo de Minas, nós conseguimos em tempo recorde reabrir um dos maiores atrativos não só de Minas Gerais, mas do Brasil”, declarou Cristiano Gerardão.
Leônidas Oliveira também relembrou a atuação da Secult (Secretaria de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais) após a tragédia, com a criação da iniciativa “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, além de parabenizar a prefeitura pela atuação.
“Nosso projeto é mais amplo, é uma forma de resolver questões estruturantes que podem conduzir a outra tragédia. Isso, hoje, não é previsto pelos geólogos, mas este recurso é uma organização ainda mais profunda, um cuidado além que estamos tendo”, completou o secretário sobre o convênio firmado hoje.
As obras nos cânions
As obras devem viabilizar a estabilização de taludes rochosos nas áreas 3 e 4 do Lago de Furnas, que ficam próximas da cachoeira do cânion e hoje estão interditadas por serem consideradas de maior risco para visitação.
Ainda segundo o Governo de Minas, a técnica a ser empregada na obra consiste em “combater o movimento das colunas rochosas locais, por meio do método de rocha grampeada com o faceamento em tela metálica, estabilização esta executada no talude da Mina de Águas Claras em Nova Lima”.
De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, as intervenções devem também retirar algumas pedras que podem desabar. “Esta revitalização é um esforço de tornar o destino mais seguro. Desde que [a tragédia] aconteceu, os cânions estão sendo monitorados cotidianamente, todos os movimentos”, completou.
O prazo inicial para as obras nos cânions de Capitólio é de dois anos. Depois desse trabalho, a visitação às áreas revitalizadas poderá ser reestabelecida com mais segurança.
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