O governo federal exonerou nesta sexta-feira (29) o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fernando Cesar Lorencini. A saída dele foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), sem informar o nome de seus substituto. O coronel da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) estava no cargo da autarquia desde agosto do ano passado, quando assumiu interinamente, tendo sido efetivado no mês seguinte.
Antes de se tornar presidente do instituto, Lorencini era diretor de Planejamento, Administração e Logística (Diplan) do órgão. Ele é graduado em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Mestre em Ciências Policiais e Ordem Pública. Em São Paulo, já ocupou o cargo de chefe de gabinete e secretário adjunto da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
O ICMBio é uma autarquia criada em 2007 vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Cabe ao órgão executar ações nas Unidades de Conservação da União, assim como executar e formentar programas de pesquisa, proteção e preservação da biodiversidade.
Sobre a exoneração, a porta-voz de Políticas Públicas do Greenpeace, Thais Bannwart, emitiu uma nota afirmando que a ação “reflete a alta rotatividade dos altos cargos das agências ambientais, dominadas por policiais militares, uma das bases de Bolsonaro, que não tem competência na área para exercer tal função”.
“É o loteamento dos órgãos públicos e o sucateamento das agências ambientais. Independentemente de quem irá ocupar o cargo, a política anti ambiental seguirá e continuaremos sem direção competente na gestão das nossas Unidades de Conservação”, pontuou.
Fonte: R7