O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se reúne nesta terça-feira (7), em Brasília, com representantes da indústria de bebidas alcoólicas e entidades de combate à falsificação para discutir as ações de enfrentamento à crise provocada pelos casos de intoxicação por metanol registrados em diferentes estados do país.
O encontro contará com a presença de representantes da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde na noite de segunda-feira (6), o Brasil soma 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e outros 200 estão sob investigação. O estado de São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 15 casos confirmados e 164 suspeitos. O Paraná registrou dois casos confirmados e quatro em análise.
As bebidas adulteradas com metanol são apontadas como a principal causa dos casos de intoxicação. O governo federal avalia medidas para reforçar a fiscalização em indústrias, distribuidoras e pontos de venda de bebidas alcoólicas, além de discutir punições mais severas para falsificadores.
O Ministério da Saúde informou que o antídoto específico contra o metanol deve chegar ao Brasil ainda nesta semana e será distribuído prioritariamente para estados que registraram casos confirmados. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também afirmou que o governo acompanha de perto as investigações e trabalha para rastrear a origem das bebidas adulteradas.
A substância, usada de forma irregular na produção clandestina de bebidas, é altamente tóxica e pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte mesmo em pequenas doses. Especialistas alertam para o risco do consumo de produtos sem procedência ou rótulo de certificação.
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