O governo federal lançou nesta terça-feira, 11 de março de 2025, um guia direcionado a pais, responsáveis, educadores, influenciadores e empresas de plataformas digitais. O documento “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais” visa promover o uso equilibrado, saudável e seguro de dispositivos eletrônicos entre crianças e adolescentes, abordando questões como saúde mental, segurança online e
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Com 164 páginas, o guia reúne pesquisas científicas, práticas internacionais e a contribuição de especialistas e jovens. Entre as recomendações, destaca-se a importância de limitar o uso de telas, especialmente para as crianças mais novas, com a sugestão de não permitir que bebês até 2 anos usem dispositivos, a menos que seja para videochamadas com familiares. Para a faixa etária de 6 a 11 anos, o guia sugere o uso de “flip phones” ou celulares simples e a proibição de redes sociais, enquanto para adolescentes de 12 a 17 anos, reforça a necessidade de mediação familiar e o uso de configurações de privacidade restritas.
Além disso, o documento propõe que os adultos se tornem exemplos, limitando seu próprio uso de dispositivos, e orienta sobre como lidar com o cyberbullying, inclusive informando sobre o que fazer caso uma criança ou adolescente seja vítima dessa prática. Também há recomendações para as plataformas digitais, como garantir segurança por design e combater a publicidade direcionada a esse público.
As autoridades presentes no lançamento, como João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secom/PR, e Lilian Cintra Melo, secretária de Direitos Digitais e Segurança Pública do MJSP, destacaram a necessidade urgente de medidas mais rigorosas para proteger as crianças na internet. Além disso, a secretária de Educação Básica do MEC, Katia Schweickardt, enfatizou que o guia oferece uma oportunidade para a sociedade se reorganizar em torno de interações digitais mais positivas e saudáveis.
O guia é um esforço conjunto de vários ministérios e organizações da sociedade civil, com o apoio de especialistas como o pediatra Daniel Becker e representantes de instituições como o Instituto Alana e a Central Única das Favelas (CUFA).
Fonte: Agência Brasil
Crédito da foto: Secom/PR