quinta-feira, 25 de abril de 2024

Contato

Grande BH concentra metade dos casos da síndrome infantil ligada à Covid; Um caso foi confirmado em PL; veja lista de cidades

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Mais da metade dos casos da síndrome infantil associada à Covid foram registrados na Grande BH. Das 133 crianças infectadas em Minas, 73 (55%) são da região. A enfermidade é rara, com poucas conclusões científicas até o momento. Dentre as principais hipóteses para a concentração, a proximidade à capital, densidade populacional e número de casos do coronavírus na população adulta. 

Até o momento, três mortes foram confirmadas no Estado. Dos 34 municípios da região metropolitana, 12 têm notificações da doença, que leva o nome de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P).

Casos da SIM-P na Grande BH
Belo Horizonte: 42
Contagem: 10
Betim: 5
Ribeirão das Neves: 4
Ibirité: 2
Sabará: 2
Santa Luzia: 2
Vespasiano: 2
Esmeraldas: 1
Nova Lima: 1
Pedro Leopoldo: 1
Sarzedo: 1

Autoridades de saúde afirmam que a SIM-P pode ser mais comum e agressiva mesmo em pacientes com boa defesa imunológica, pois é baseada na resposta inflamatória exagerada ao vírus, atingindo vários órgãos. 

Segundo a médica Andréa Lucchesi de Carvalho, membro do Comitê de Infectologia da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), a quantidade elevada de casos infantis geralmente acontece nas localidades com maior incidência entre a população mais velha. “Primeiro, temos a epidemia do adulto e, depois de quatro a oito semanas, vêm os casos pediátricos”.

Os diagnósticos da síndrome no Estado revelam que a média de idade dos doentes é de 5 anos. A maioria não apresenta comorbidades (83%) e são do sexo masculino (63%). O quadro geralmente é de insuficiência respiratória grave, além de doença renal e insuficiência cardíaca agudas. 

Em maio apenas 5,9% dos casos eram em mineiros entre 10 e 14 anos. Neste momento, a proporção disparou e chegou a 12,5%. 

A maior parte das ocorrências (47,1%) foi confirmada em menores de 5 anos. Em seguida, vêm aqueles de 5 a 9, com 40,4% dos registros.

Segundo a infectologista, o crescimento do número de infecções entre as crianças mais velhas pode estar ligado a uma maior exposição dessa população. Além disso, ela afirma que o Brasil vive um contexto único em relação aos acometidos pela síndrome. “No mundo inteiro, a literatura mostra que essa doença é mais comum nas crianças acima de 8 anos”.

Dos pacientes confirmados com a enfermidade, 124 já tiveram alta. Os óbitos pela SIM-P foram atestados em Esmeraldas, na região metropolitana, e em Barra Longa e Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ao menos um caso da síndrome foi registrado em 50 municípios do Estado.

Encontre uma reportagem

Aprimoramos sua experiência de navegação em nosso site por meio do uso de cookies e outras tecnologias, em conformidade com a Política de Privacidade.