sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Grupos no Telegram violam leis e abrigam negociações de drogas, armas e pornografia infantil 

Por Dentro De Tudo:

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A polícia investiga o universo nebuloso de um dos aplicativos de troca de mensagens mais populares do mundo. Instalado em mais de 1 bilhão de celulares, o Telegram é alvo de denúncias de propagação de discursos de ódio e divulgação de informações falsas.

Os repórteres do Fantástico também encontraram tráfico de drogas, comércio de dinheiro falso, propaganda nazista e até venda de certificados de vacinação — tudo circulando livremente pela plataforma.

No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral já manifestou preocupação com o impacto que o Telegram pode ter nas próximas eleições. Mas afinal, o que está por trás desse aplicativo que atrai seguidores poderosos e coleciona polêmicas? 

As funções do Telegram, somadas aos valores de anonimato, privacidade e liberdade pregados pelo app, permitiram que se criasse um ambiente seguro para ativistas. Nos últimos anos, em Hong Kong ou Belarus, usuários pró-democracia conseguiram driblar os regimes autoritários e trocar informações sem serem perseguidos.

Agora, o mesmo ocorre na Ucrânia. O aplicativo tem sido usado por moradores e autoridades ucranianas como um canal protegido de troca de informação. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem seu próprio canal, com mais de 1 milhão de inscritos, por onde envia discursos e informações sobre ataques. O Telegram também é usado por russos que querem burlar a censura do governo de Vladimir Putin sobre os meios de comunicação.

No entanto, esse ambiente virtual, com suposta garantia de privacidade e anonimato, também encheu os olhos de quem não tem boas intenções. Em vários países, como aqui no Brasil, o aplicativo passou a ser usado de forma massiva por criminosos. Veja a relação de crimes flagrados  nos grupos monitorados:

  1. Estelionato
  2. Propaganda neonazista
  3. Pornografia infantil
  4. Venda de armas sem registro
  5. Venda de drogas
  6. Venda de notas de dinheiro falsas
  7. Falsificação de documentos
  8. Falsificação do certificado de vacinação contra a Covid-19

Um dos golpistas se apresenta como “professor de estelionato” oferecendo um “curso de golpes”. São incontáveis os anúncios oferecendo dicas de fraudes e bancos de dados com informações de brasileiros para facilitar a prática de golpes.

Para as eleições deste ano, o TSE criou um programa de enfrentamento à desinformação. Mais de 80 aplicativos e sites toparam participar. O único que sequer se manifestou foi o Telegram.

Fonte: Fantástico.

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