Um Guarda Civil Municipal de 47 anos foi preso em Belo Horizonte, acusado de matar sua esposa de 50 anos e tentar encobrir o crime como suicídio. O incidente ocorreu no dia 4 de abril na residência do casal em Ribeirão das Neves, região metropolitana da capital.
A princípio, o suspeito afirmou que a esposa havia cometido suicídio utilizando sua arma. Ele contou que a esposa teria colocado medicamentos no refrigerante dele, fazendo-o dormir profundamente. Quando acordou, encontrou-a morta no sofá.
No entanto, a polícia encontrou inconsistências na cena do crime que levantaram suspeitas. A vítima, canhota, foi baleada no lado direito da cabeça, e a posição da arma aos seus pés parecia suspeita. A investigação revelou que o suspeito não foi dopado como alegado.
O delegado Marcus Rios destacou que o relacionamento era conturbado, com histórico de violência física e psicológica. Na noite anterior ao crime, o casal teve uma briga, e o suspeito pediu que a esposa saísse de casa. No dia seguinte, ele a matou com um tiro na cabeça.
Além disso, o suspeito tentou manipular provas usando o celular da vítima para pesquisar sobre armas. A polícia descobriu que ele havia forjado a cena do crime, e os detalhes não coincidiram com a versão apresentada.
O caso foi tratado como feminicídio, e a prisão do suspeito foi realizada na sexta-feira (12). A Polícia Civil divulgou os detalhes da investigação nesta quarta-feira (17), confirmando a manipulação da cena do crime e a tentativa de despistar a polícia.