A hepatite viral é a inflamação do fígado causada por vírus. As hepatites A, B e C são os tipos mais comuns da doença, mas há também os tipos D e E.
De acordo com o médico infectologista da Unimed, Adelino de Melo Freire Júnior, o vírus das hepatites do tipo A e E são transmitidos pelo contato com a água ou alimentos contaminados, a chamada transmissão fecal oral. As pessoas adquirem o vírus pela boca e transmitem pelas fezes. As hepatites B, C e D podem ser transmitidas por sangue contaminado e via sexual, neste caso a hepatite B é mais comum.
Os tratamentos para as hepatites virais vão depender das causas da doença. A hepatite A não tem um tratamento específico. É uma doença da qual as pessoas se curam de maneira espontânea e não apresenta forma crônica. Os tipos B e C podem se tornar crônicas, com risco de atingir a forma aguda da doença, apresentando ou não os sintomas normais da inflamação (por exemplo, cor amarelada, perda de apetite, náuseas e vômitos).
O paciente pode melhorar, mas há risco de o vírus permanecer no fígado e causar a forma crônica da doença, que é uma inflamação sem sintomas evoluindo para casos mais graves, como cirrose e câncer. O tratamento das hepatites B e C é realizado com uso de medicamentos eficientes, sem muitos efeitos colaterais.
Para a prevenção da hepatite A, devem ser redobrados os cuidados com a higienização dos alimentos e a qualidade da água. Lavar as mãos antes das refeições e beber água filtrada ou fervida vão ajudar a prevenir a doença.
“Existem vacinas para combater as hepatites. A vacina contra hepatite A é dada às crianças após o primeiro ano de vida, normalmente são recomendadas duas doses com intervalo de seis meses entre elas. Também tem vacina contra a hepatite B. É dada ainda na maternidade, logo quando a criança nasce. Depois outras duas doses devem ser dadas nos primeiros seis meses de vida. Qualquer adulto de até 50 anos que não é vacinado, pode tomar a vacina. Não existe vacina para a hepatite C, mas outras maneiras de evitar a doença: uso de camisinha durante as relações sexuais e evitar o compartilhamento de seringas”, detalha o infectologista da Unimed Adelino de Melo Freire Júnior.