Hipertensão emocional: saiba como o estresse desregula sua pressão, os riscos e o que fazer

Por Dentro De Tudo:

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Um tema cada vez mais presente na medicina moderna é a hipertensão emocional, também chamada de hipertensão do estresse. Ela ocorre quando o organismo reage a situações de tensão com aumento da pressão arterial — mesmo em pessoas que não têm histórico de pressão alta.

De acordo com o cardiologista Marcelo Sampaio, em entrevista ao podcast do Bem-Estar, essa condição pode trazer riscos sérios à saúde, como infarto e AVC, especialmente em indivíduos mais ansiosos ou com quadros de depressão.

O que acontece no corpo?

Quando estamos sob estresse, o corpo libera substâncias como:

  • Cortisol (hormônio do estresse),
  • Adrenalina e noradrenalina.

Esses hormônios aceleram os batimentos cardíacos e provocam vasoconstrição (estreitamento dos vasos), o que eleva a pressão arterial. Em pessoas sensíveis, esse pico pode ser perigoso e, quando repetido com frequência, pode levar à hipertensão crônica.

Exemplos comuns:

  • Síndrome do jaleco branco: quando a pressão sobe apenas no consultório médico, devido à ansiedade.
  • Estresse contínuo (como em depressão): pode manter a pressão alta constantemente, danificando rins, coração e cérebro.

Como controlar a hipertensão emocional?

Segundo especialistas, o controle passa por mudanças no estilo de vida e cuidados com a saúde mental. Veja as principais recomendações:

Cuidados físicos:

  • Praticar atividade física regular
  • Reduzir o sal na alimentação
  • Manter o peso saudável
  • Evitar álcool em excesso
  • Parar de fumar

Cuidados emocionais:

  • Terapias psicológicas
  • Técnicas de relaxamento e meditação
  • Uso de medicação para ansiedade, quando necessário

“A prioridade é afastar a fonte do estresse, fortalecer o paciente com estratégias de autocuidado e controlar fatores de risco”, reforça o cardiologista Marcelo Sampaio.

Diagnóstico e tratamento

Em muitos casos, não é necessário iniciar medicamentos tradicionais para hipertensão imediatamente. O mais importante é avaliar a origem emocional da pressão alta.

A medição domiciliar da pressão arterial — com orientação médica — é uma ferramenta importante para monitorar a situação ao longo do tempo.

Emoções positivas fazem bem!

Pesquisas indicam que sentimentos como gratidão, alegria e serenidade podem ajudar a reduzir a pressão arterial, reforçando a importância do bem-estar emocional no controle da hipertensão.

Fonte: g1 / Podcast Bem-Estar

Foto: Reprodução / Bom Dia Brasil

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