Um trabalhador foi condenado a receber R$ 50 mil em indenização por assédio moral após ser constantemente chamado de “calopsita manca” e outros apelidos pejorativos devido a uma deficiência na perna, resultante de um acidente de moto. O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) reconheceu que a humilhação sofrida no ambiente de trabalho contribuiu para o desenvolvimento de transtornos psicológicos no trabalhador, incluindo depressão e transtorno de ansiedade.
De acordo com o processo, o homem teve dificuldades de locomoção após o acidente e passou a sofrer com piadas e zombarias constantes, inclusive em um grupo de WhatsApp criado por seus colegas de trabalho. A situação gerou impacto na saúde mental do trabalhador, que precisou de acompanhamento psicológico.
A decisão inicial do juízo da 3ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano foi favorável à empresa, mas o trabalhador recorreu e, em segunda instância, o Tribunal concluiu que o assédio moral no ambiente de trabalho foi determinante para o agravamento do quadro psicológico do empregado. A indenização foi dividida entre danos morais pela doença ocupacional (R$ 30 mil) e pelo assédio moral sofrido (R$ 20 mil). A empresa recorreu da decisão, e o caso agora segue para julgamento no Tribunal Superior do Trabalho.
Fonte: O Tempo
Foto: Pixabay