Um servente de pedreiro foi absolvido pela Justiça após três anos preso, acusado de tentativa de homicídio, tortura e lesão corporal contra sua enteada de dois anos. O julgamento, realizado na última semana, durou 17 horas e resultou na sua absolvição pelo Tribunal do Júri.
O Conselho de Sentença, por maioria de votos, determinou que ele era inocente de todas as acusações. A decisão também ordenou a expedição imediata do alvará de soltura. “Agora é tentar seguir em frente. Foi muito sofrimento, mas a verdade finalmente apareceu”, desabafou o homem após a decisão.
O caso
Em 2021, ele foi acusado de agredir a enteada, que teria sido encontrada inconsciente em casa e precisou ser internada por cinco dias. Na época, foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado. A mãe da criança também foi investigada por omissão relevante, mas o homem foi o único a ser preso.
Segundo a acusação inicial, no dia do incidente, estavam na residência o acusado, a babá da criança e a irmã mais velha da vítima. Sua prisão preventiva foi decretada em abril de 2021, e ele se entregou à polícia, negando as acusações. Após um período em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica, foi novamente preso por decisão judicial. Ele permaneceu detido até o julgamento final.
Defesa e investigação
Durante o julgamento, a defesa conseguiu demonstrar a inocência do réu, destacando falhas e lacunas na investigação inicial. “Foi uma análise detalhada, com foco em aspectos que haviam passado despercebidos. Esses detalhes foram essenciais para comprovar que ele não cometeu o crime”, afirmou a advogada responsável.
Sigilo e repercussões
O caso segue em segredo de Justiça, e detalhes sobre a situação da mãe e da babá, que também eram investigadas, não foram divulgados.
A absolvição encerra um longo período de sofrimento e reforça a importância de investigações minuciosas para evitar erros que possam comprometer vidas. Agora, o homem tenta retomar a rotina após anos de prisão preventiva.