Um homem foi preso em Belo Horizonte por suspeita de se passar por policial civil para conseguir vantagens em casas noturnas e extorquir mulheres. A prisão preventiva ocorreu nessa terça-feira (9). Nas redes sociais, o homem de 29 anos usava o uniforme da Polícia Civil.
Em 2022, a Polícia Civil recebeu a denúncia de que o indivíduo estaria se passando por policial civil para obter vantagem em restaurantes de BH. Na primeira fase da operação, a corporação cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do investigado, em São José da Lapa.
Segundo o delegado Alessandro Carlos Rodrigues, no decorrer das apurações, diversas mulheres denunciaram o suspeito por extorsão e ameaça. De acordo com as vítimas, elas o conheceram em bares e casas norturnas da capital, e nos, encontros ele dizia que era policial civil, com o objetivo de conseguir vantagens em festas e ganhar a confiança delas.
Homem filmava encontro íntimo com vítimas
Conforme relatado pelo delegado, durante os envolvimentos íntimos com as vítimas, “o investigado filmava o ato e replicava os vídeos aos seus contatos e também em grupos de aplicativo que eram criados com a finalidade específica de expor mulheres em relações íntimas com homens que conheciam em festas”.
Levantamentos feitos pela polícia apontam que as mulheres também foram extorquidas pelo investigado, que exigia dinheiro ou favores sexuais/econômicos para não divulgar as imagens registradas durante os encontros sexuais.
Na primeira fase da operação, a polícia apreendeu o celular do suspeito, que continha vários elementos de prova, entre eles, centenas de vídeos de sexo explícito com as vítimas. No prosseguimento das investigações, a apuração deu conta de que o homem continuava a fazer novas vítimas.
Isso porque outras mulheres estavam procurando a polícia para registrar boletins de ocorrência. Segundo o delegado, a prisão preventiva se fez necessária e atual, tendo sido efetivada na segunda fase da operação.
“Com a prisão e nova apreensão do celular do investigado, será possível identificar os demais suspeitos que fazem parte dos grupos que divulgam imagens de nudez de mulheres, obtidas clandestinamente durante momentos íntimos, levando à compreensão da dimensão de uma provável organização criminosa entre os integrantes desses grupos para prática dessa modalidade delituosa”, disse o delegado.
O inquérito policial está concluído e o homem é indicado pelos crimes de extorsão, exposição da intimidade sexual e usurpação de função pública.
Com PCMG
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