Está preso, no presídio de Salinas, no Norte do estado, um homem, de 43 anos, investigado por triplo homicídio e três crimes de lesão corporal de natureza grave no trânsito. A prisão ocorreu em consequência da Operação Ver o Oco, desencadeada na última segunda-feira (16/10). Um segundo suspeito, de 26, que contribuiu para os crimes, também foi indiciado pelos mesmos delitos.
No último dia 17 de julho, aconteceu, em Salinas, a tradicional “Festa da Cachaça”. Os dois investigados, de 26 e 43 anos, beberam durante toda a noite e a madrugada. Pela manhã, resolveram ir até a barragem da cidade. Foram em seus veículos e levaram alguns conhecidos.
Os carros estavam lotados, sendo que em cada um, havia duas pessoas no banco da frente do passageiro. Seguiram para a barragem pelo anel viário de Salinas, uma estrada estreita, de grande movimento e alto índice de acidentes.
Os dois veículos, segundo apurado pela Polícia Civil, trafegavam em alta velocidade e fazendo ultrapassagens. Em dado momento, um dos motoristas, o homem de 46 anos, perdeu o controle da direção e capotou seguidas vezes.
Três mortes
Segundo o delegado José Eduardo Gonçalves dos Santos, que presidiu o inquérito, a dinâmica do acidente consiste no fato que o primeiro a morrer foi o ciclista, atropelado. Na sequência, as portas do veículo abriram e os passageiros foram jogados para fora. “Além disso, três pessoas ficaram feridas. No mesmo dia, o suspeito foi autuado em flagrante, e a autoridade policial arbitrou fiança de R$ 50 mil. O valor foi quitado e ele foi colocado em liberdade.”
O delegado José Eduardo informa que as investigações prosseguiram e as provas colhidas, inclusive técnicas, permitiu constatar que “ambos os suspeitos assumiram o risco e não se importaram com o resultado, portanto, em decorrência de duas ações, na condução do veículo, de forma voluntária e deliberada, três pessoas faleceram e outras três ficaram feridas”.
O motorista do carro que capotou foi indiciado por triplo homicídio e por três crimes de lesão corporal grave. Já o outro suspeito de envolvimento, que também participou do crime, também foi indiciado pela mesma conduta. “Os indiciados respondem, na medida de suas responsabilidades, pela participação no resultado”.