Um homem de 30 anos foi feito refém por traficantes do bairro Melo Viana, em Esmeraldas, na Grande BH, após roubar fios de cobre deixando a região sem internet. O caso ocorreu entre a noite desta sexta-feira (17) e a madrugada deste sábado (18). Ao perceber a ligação do homem com os problemas de conexão, os envolvidos com a venda de drogas no bairro tomaram carro e o amarraram em uma área isolada, próximo à BR-040, durante a madrugada.
Conforme a Polícia Militar, o homem que roubava os cabos é Cícero Oliveira, de 30 anos. Ele acionou a PM nesta manhã disse aos militares que parou o carro em uma rua do bairro Vianinha para, supostamente, encontrar com a companheira. Enquanto aguardava, ele relatou que foi abordado por dois homens, armados, que roubaram o carro em que ele estava – um corsa modelo de 1999.
Ainda segundo a PM, Cicero afirmou que a dupla tomou a direção do carro e jogou ele no banco de trás e seguiram em direção a uma área de mata. No local, Cícero relatou que foi amarrado com cadarços e espancado pelos homens. Em um momento, disse à polícia, um tiro chegou a ser disparado.
Por volta de 4h, já pela madrugada, ele informou aos militares que conseguiu se desamarrar e fugir do local, quando procurou uma delegacia. Aos militares, ele citou que foi vítima de um roubo e tentativa de homicídio e repassou as características dos envolvidos aos policiais. Foi feita uma busca na região e a dupla foi encontrada. Tratava-se, conforme a PM, de um jovem, de 18 anos, e de um adolescente, de 15.
Os dois confirmaram que levaram Cícero à mata, mas informaram que o homem estava roubando fios de cobre da rede de internet da região. A falta de conexão teria irritado um homem, não identificado, que seria o chefe do tráfico no local e que ordenou que Cícero fosse executado. Os policiais foram levados ao local em que o carro foi abandonado.
Segundo a PM, foi encontrada extensa quantidade de fios de cobre e ferramentas utilizadas para o delito. Mesmo machucado, Cícero Oliveira negou atendimento médico. Todos os envolvidos foram levados à delegacia para esclarecimentos.
Fonte: O Tempo.
